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Mensagem do treinador Luís Moreira

OBRIGADO ÀS EQUIPAS DE ARBITRAGEM DE SÁBADO E DOMINGO, 4 E 5 DE ABRIL DE 2009 RESPECTIVAMENTE
Leiam e perceberão o título...Acabei de ler os muitos comentários já existentes sobre os dois jogos disputados neste fim-de-semana relativos à 1ª Jornada dos play-off do Campeonato Distrital de Futsal. Confesso que não gosto de ver nestes espaços de opinião ofensas pessoais que depois de espremidas não levam a nada e em nada valorizam a discussão que se quer acessa mas com respeito pelas opiniões uns dos outros. Primeiro porque relativamente ao nosso adversário deste fim-de-semana há que acreditar nada ter a ver com aquilo que quem dirige os jogos faz; segundo porque também quero acreditar tenho ali alguns amigos por quem como adversário tenho respeito (fui treinador de pelo menos 3 deles, e conquistamos um título juntos, sendo que um deles por lesão esteve afastado destes 2 jogos - e ele sabe o que eu lhe disse ao ouvido minutos antes do jogo de sábado começar - e outros, como por exemplo o seu capitão ao longo dos anos pela forma como defende a sua equipa aprendi a respeitar).
Feitas as devidas ressalvas, quero acreditar que pela forma como a equipa do Carvalhal se bateu nestes 2 jogos, ganhou o respeito do adversário mesmo que eles digam o contrário. A postura dos meus jogadores veio valorizar a vitória do adversário. Como alguém disse, eles comeram-nos a carne, mas também tiveram que nos comer os ossos.
O que se passou no sábado em termos de arbitragem foi demasiado grave. Tentaram vergar-nos com a expulsão do único guarda-redes que levamos para o jogo. Talvez o tivessem mantido em campo se em vez de defender o penalti, o tivesse deixado entrar. Isto depois da expulsão do jogador Paivinha, sobre a qual não há ainda unanimidade relativamente aos seus motivos. Correm três versões diferentes: Uma diz-se que o jogador teria consigo uma metralhadora G3; outra, de que escondida nos calções uma navalha; e a terceira, de que quando o àrbitro passou por ele, ele estaria a rezar baixinho uma Avé Maria. Entretanto foi expulso o João Melo, e depois eu próprio. O que fiz? Disse-lhe apenas que tinha havido uma agressão ao jogador Samarra que passou em claro.
E no Domingo, quando já não tinhamos braços e a muito custo reunimos 8 jogadores para por respeito ao adversário, mas acima de tudo por respeito a nós próprios não darmos falta de comparência, as provocações continuaram. Mais 2 expulsões, sendo que a primeira só surtiu efeito depois de 3 amarelos e 2 vermelhos (ou seria ao contrário?), depois de dois vermelhos e 3 amarelos, (já nem sei bem). Alguém sabe? e o mais caricato foi o árbitro dizer que o jogador não estava expulso. Que foi embora porque quis. Que estranho... É que na mesa, o cronometrista ia dizendo para termos calma pois ainda faltava 1 minuto para os dois de tempo que temos de jogar em inferioridade numérica. Depois que faltavam ainda uns quantos segundos... Enfim, é a arbitragem que temos.
Felizmente, para os àrbitros do distrital, estes (de Sábado e Domingo) são dos Nacionais. Que fraco trabalho prestaram à arbitragem.Por fim, para terminar (e não pensem que me esqueci do título deste comentário), passadas algumas horas sobre estes acontecimentos, senti que pela primeira vez estive à beira de abandonar um recinto de jogo, e penso, volto a dizer, que o nosso adversário não merecia isso. Sinto agora, passadas essas horas que referi, que vários de nós estivemos a um passo muito pequeno de num ou outro jogo (Sábado e Domingo) agredir algum dos juízes da partida. Foi difícil, mas controlamo-nos. Nos intervalos de ambos os jogos pedi aos meus jogadores que se contivessem e numca partissem para a agressão fosse a adversários, fosse aos àrbitros. Quem me é próximo, sabe o porquê desta minha preocupação. Vivi enquanto jogador um episódio desses e sei o peso que tem um acto desses. Felizmente tenho tido a sorte de lidar com jogadores que me ouvem.
Agora à distância, sinto que o rastilho chegou a estar acesso e a agressão muito perto de acontecer. Num outro jogo, entre os outros 2 candidatos à conquista destes play-off, infelizmente, não houve tanto sangue frio e a agressão a um dos àrbitros terá acontecido. Ou será que foi felizmente? É que aquilo que nos fizeram foi tão duro que começo a dúvidar dos meus próprios princípios.
Que grandes jogadores tem o Carvalhal. Que alma tão grande tiveram nestes 2 jogos. Como eu próprio referi, uma alma e um carácter do tamanho do Mundo.
Já sem os braços, cortaram-lhes as pernas, e mesmo de rastos foram duros de roer.
No final, naquele balneário chorava-se por todos os cantos. Era o soltar de emoções e stress acumulado em 2 jogos/dias consecutivos em que não pudemos lutar de igual para igual com o nosso adversário.
Porque ninguém pode prever o futuro, aproveitei aquele momento para me despedir um a um dos meus jogadores. Infelizmente não puderam lá estar todos, e para esses o meu agradecimento por tudo o que me aturaram ao longo desta época.
Ás 2 equipas de arbitragem, e à boa maneira beirã, o meu BEM HAJAM. Criaram-me condições para ver a fibra de que são feitos os meus jogadores. E já agora, se algum dia eu voltar a ser campeão, peço a Deus que me dê um adversário igual àquele que os raianos tiveram e que tanto dignificaram a sua vitória.
BEM HAJAM e perdoem-me ocupar-vos o vosso tempo.
Covilhã, 6 de Abril de 2009
O TREINADOR: Luís Moreira

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